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segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

TEMPOS DIFÍCEIS – 2. O Livro - O Modelo - O Ministério



HÁ UM LIVRO que devemos amar, estudar, guardar e obedecer se quisermos ser sábios e excelentes.

Precisamos pregar a palavra, fazendo o trabalho de um evangelista, em qualquer lugar, a qualquer tempo, sem olhar para as circunstâncias e para as aflições, numa época onde todos só querem falar e ouvir o que lhes agradam e se recusam ouvir a verdade, é um grande desafio.

Precisamos permanecer alicerçados na Escritura Sagrada que é inspirada por Deus e útil para ensinar, repreender, corrigir e treinar na justiça, tornando os servos de Deus perfeitamente habilitados para o serviço que glorifica ao Senhor.

HÁ UM MODELO que devemos seguir e imitar se quisermos ser piedosos e excelentes

Precisamos seguir o ensino, o procedimento, o propósito, a fé, a longanimidade, o amor, a perseverança e esperar as perseguições e sofrimentos, que foram marcas em Paulo. Precisamos considerar que de maneira tão inspiradora foi Paulo quem deixou-nos este grande desafio: “Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo” (I Coríntios 11:1). E fica muito claro o fato que “todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos” (2 Timóteo 3:12).

HÁ UM MINISTÉRIO que devemos cumprir de forma corajosa e zelosa se quisermos ser fiéis e excelentes. As oportunidades não cessaram!

Lembra-se da palavra de Jesus aos seus discípulos? “Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus” (Mateus 18: 3). Não é a criança que tem de se tornar adulta para ser um cristão, pelo contrário, é o adulto que tem de tornar-se como uma criança.

Sabemos que a obra da conversão é uma obra do Espírito Santo. Ele é quem convence do pecado da justiça e do juízo, seja uma criança de 3 anos, seja um ancião de 80 anos, no entanto as estatísticas comprovam que isto tem acontecido muito mais com aqueles que  estão na faixa etária antes dos 15 anos.

O desafio missionário para alcançar os que têm a idade inferir a 15 anos é imenso. Trata-se de 58% da população mundial. Só no Brasil são cerca de 60 milhões. Há, portanto, um grande trabalho a ser realizado por aqueles que estão comprometidos em fazer a vontade de Deus – alcançar as crianças com o evangelho, porque compreendem as palavras de Jesus: “não é da vontade de vosso Pai celeste que pereça um só destes pequeninos” (Mateus 18:14)

A excelência no trato com a criança exige repensar a ação evangelística voltada para os menores:

Estamos ganhando as crianças para Cristo em nossos bairros?
Será que temos sequer a visão deste imenso campo missionário que está bem diante de nossos olhos?
Qual é o tamanho do esforço que está sendo empreendido para se alcançar as crianças?
As igrejas evangélicas realizam um trabalho contínuo de evangelização das crianças fora das quatro paredes do templo?
Como quantificar o número daqueles que estão entrando nos anos de sua juventude e nunca ouviram a mensagem do Evangelho?
Por que razão, na fase da vida quando estariam mais predispostos para ouvir de Cristo e recebê-lo como Senhor e Salvador, milhões foram negligenciados
Como reverter isto? Como mudar a visão? Como sair em busca da nova geração que está chegando?
Nestes dias difíceis há necessidade urgente de um grande exército de evangelistas de crianças. Onde achá-los? Seria você, que neste momento lê este livro?

Se você sabe que os dias são difíceis e tem a convicção que o Senhor ainda quer e pode usá-lo, apresente-se agora mesmo ao Grande General. Pode dizer-lhe que está pronto para seguir o modelo dos que andam piedosamente em Cristo. Fique firme, desenvolva-se no amor, no entendimento e na obediência à Sua Palavra e saia para fazer a obra de um evangelista – um evangelista de crianças. Elas estão esperando.

Leia a última parte desta matéria: TEMPOS DIFÍCEIS - 3. O Programa

domingo, 18 de janeiro de 2015

TEMPOS DIFÍCEIS – 1. Introdução



Os tempos atuais são difíceis e desafiadores, e para sair-se vencedor é preciso muita determinação para seguir a Cristo, para permanecer na Palavra e para anunciá-la.

            Todos querem ouvir boas notícias, bons prognósticos, votos de felicidade e de prosperidade e que tudo será bem melhor, no entanto, sejamos bem sinceros, tudo vai ficando cada vez pior e a pura realidade para ser constatada é que não haverá melhora, pelo contrário, as condições gerais vão se deteriorando e ficando mais e mais difíceis.

            O Senhor Jesus Cristo deixou tudo muito bem explicado. Conversando com os discípulos sobre o futuro ele alertou, entre outras coisas para:

O perigo do engano, que chegaria através daqueles que viriam em seu nome.
O aumento das guerras e rumores de guerras.
Os relacionamentos tornando-se odiosos, traidores e escandalosos.
A multiplicação da iniquidade.
O esfriamento do amor de quase todos.
            O apóstolo Paulo também, em sua última carta, escreveu as seguintes palavras: “Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres do que amigos de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto o poder” (2 Timóteo 3:1-5).

      É exatamente este quadro do aumento da maldade, da violência, da rebelião, da injustiça, da desintegração familiar, da imoralidade, que está sendo colocado diante dos nossos olhos e também das nossas crianças, inclusive sendo alvo de planos malignos para que sejam corrompidas o mais cedo possível, em seus corpos, em suas almas e em seus espíritos.

       Iremos nos desesperar? De maneira nenhuma. Para uma época assim é que o Senhor nos convoca e a excelência no trato com a criança exige que pais, professores, pastores considerem com muita seriedade e responsabilidade que há um livro, um modelo, um ministério e um programa a ser seguido.

Leia a sequência desta matéria: TEMPOS DIFÍCEIS - 2. O Livro - O Modelo - O Ministério

Fonte:http://www.apec.com.br/ultimos-artigos

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

ONDE ESTÃO OS PASTORES DE CRIANÇAS? (parte I)


O Pastor que procura a ovelha perdida


A Igreja não pode cometer o erro de apenas entreter as crianças, sem lhes apresentar, de maneira clara, o Evangelho da salvação em Cristo

“O que vemos hoje, em diversos círculos cristãos e igrejas, é uma falta de visão e de ação para se buscar as ovelhinhas perdidas do Senhor”

A figura que melhor representa aquele que trabalha com crianças é a de um pastor. Tios, tias, professores, professoras, palhaços, palhaças, monitores, voluntários e tantos outros semelhantes precisam sair de cena. Chega de pajear, de entreter ou de meramente “ensinar” crianças. Vamos pastoreá-las! O momento atual exige isso.

Podemos olhar o pastor de crianças em três posições bem distintas: 1) aquele que procura a ovelha perdida; 2) aquele que apascenta os cordeirinhos de Cristo; 3) aquele que livra e protege dos inimigos. Vamos considerar neste número a ação de buscar a ovelha perdida.

O Pastor que procura a ovelha perdida

“Cuidado para não desprezarem um só destes pequeninos! Pois eu lhes digo que os anjos deles nos céus estão sempre vendo a face de meu Pai celeste. O Filho do homem veio para salvar o que se havia perdido. O que acham vocês? Se alguém possui cem ovelhas, e uma delas se perde, não deixará as noventa e nove nos montes, indo procurar a que se perdeu? E se conseguir encontrá-la, garanto-lhes que ele ficará mais contente com aquela ovelha do que com as noventa e nove que não se perderam. Da mesma forma, o Pai de vocês, que está nos céus, não quer que nenhum destes pequeninos se perca.” (Mt 18.10-14)

Na história contada por Jesus a respeito do pastor que sai pelos montes procurando a ovelha perdida, encontramos algumas ações significativas:
• deixar – Ele suspende algo que vinha fazendo e se lança numa empreitada que vai exigir certa renúncia;
• ir – Ele se desloca movido por um impulso muito forte e totalmente focado no seu objetivo: encontrar o cordeiro que está perdido e assim, avança nessa direção;
• procurar – Ele se esforça por alcançar ou conseguir o seu objetivo;
• encontrar – Ele finalmente descobre, acha, dá de cara com a ovelha perdida;
• recolher – Ele dá o devido acolhimento;
• trazer – Ele conduz o cordeiro para o lugar seguro.

Da mesma maneira, buscar crianças perdidas exige:
• diligência – Cuidado ativo, presteza em fazer alguma coisa. Zelo. Esforço. Empenho. Empregar todos os meios para fazer algo;
• disposição – Desígnio, intenção, vontade, inclinação, prontidão;
• dedicação – Afeto extremo, devoção. Consagração. Sacrificar-se em favor de algo. É um ato de entrega.

Quantas crianças estão perdidas?

Só no Brasil são cerca de 60 milhões abaixo dos 15 anos de idade. Onde estão as crianças perdidas? Olhe bem ao seu redor...
A saída para se procurar crianças perdidas reveste-se de um significado muito mais profundo quando ouvimos o Senhor Jesus dizer que “o Pai de vocês, que está nos céus, não quer que nenhum destes pequeninos se perca” (Mt 18.14). Trata-se de um trabalho de acordo com a vontade de Deus! Que maravilha!
São tantas as oportunidades para se buscar as crianças: aulas em creches e nas escolas, escolas bíblicas de férias, ministério nos hospitais, clubes bíblicos em lares cristãos, etc. Que bênção extraordinária seria se, em cada igreja, pelo menos cinco a dez lares abrissem suas portas para realizarem Clubes Bíblicos para Crianças, com programação uma vez por semana para os pequenos! Seria uma verdadeira revolução!

A falta de visão e de ação para buscar as ovelhinhas perdidas

Jesus Cristo, certa ocasião, ficou indignado com os seus discípulos, porque queriam impedir que as crianças se aproximassem dele. O Senhor dirigiu-lhes a seguinte palavra: “Deixem vir a mim as crianças, não as impeçam; pois o Reino de Deus pertence aos que são semelhantes a elas. Digo-lhes a verdade: Quem não receber o Reino de Deus como uma criança, nunca entrará nele.” (Mc 10.14-15).
Embora seja possível provar, sem sombra de dúvidas, que 85% dos atuais cristãos receberam a Cristo quando ainda eram crianças, antes dos 15 anos de idade (10% o fizeram entre 15 e 30 anos, 5% após os 30 anos), ainda existem muitas pessoas colocando tropeços e impedindo as crianças de virem a Cristo.

O problema, na verdade, é teológico.

Há uma teologia deficiente quando se trata das crianças. Não existem duas teologias, uma para adultos e outra para crianças. Há, isto sim, uma linguagem mais apropriada para o adulto e outra mais adequada para a criança, mas não se pode esconder da criança a verdade do Evangelho.
Lamentavelmente, não há visão e nem interesse em compartilhar o Evangelho com as crianças. A maioria dos trabalhos com os pequenos resume-se a contar “historinhas”, cantar “musiquinhas”, fazer “oraçõezinhas”, preparar “programinhas”, sem nenhuma preocupação em mostrar a realidade do pecado e como uma criança pode receber a Cristo como seu Salvador Pessoal. Esse quadro precisa mudar urgentemente!

Continua...

Gilberto Celeti é pastor, educador cristão e superintendente nacional da APEC do Brasil

Fonte:http://www.apec.com.br/ultimos-artigos